09 dez Onde está a felicidade
Um rei fora muito generoso com um dragão, pois percebeu que ele estava com sede e lhe deu água.
O dragão então por gratidão disse que lhe concederia qualquer desejo.
O rei pensou, e escolheu ir para a terra da felicidade, pois queria saber “O que era ser feliz”.
O dragão concedeu o pedido e o mandou para a terra da felicidade, mas disse que ele teria que ir só, pois o pedido era para ele e não para a família e nem para seus empregados. O rei não ficou muito satisfeito, mas iria assim mesmo só queficaria lá somente por cinco anos.
Após esse tempo o rei voltou e encontrou a sua casa muito diferente, um jardim todo seco, as pessoas não eram as mesmas, estava tudo mudado. Procurou então o dragão pra pedir explicações. Ele lhe informou que o tempo na terra da felicidade era diferente do tempo da terra em que ele vivia, e que cada ano que passou lá representava 10 daqui, então ele havia ficado 50 anos fora da sua realidade da sua terra e da sua gente.
Sua esposa havia morrido seus amigos também, seus filhos haviam ido embora, tudo tinha mudado muito.
O rei começou a chorar ao lembrar-se do tempo em que vivia com a sua família, lembrou com saudades da sua casa, dos momentos felizes que haviam passado, e o quanto ele não havia valorizado tudo isso. Chorou tanto que adormeceu, e quando acordou viu ao seu lado, a esposa, os filhos, a sua casa, e agradeceu por tudo ter sido um sonho.
É minha gente, eu sei que essa metáfora colocou muita gente pra pensar naquilo que não valorizamos no que temos de bom e nos esquecemos de agradecer, ficando sempre insatisfeitos indo à busca da tal “felicidade”.
Acho que todos nós temos essa atitude. Achamos que pra sermos felizes temos que mudar o outro, que pra sermos felizes temos que ter aquela pessoa ao nosso lado, ou morarmos em outro lugar ou ter aquele carro que nosso amigo comprou.
Não valorizamos o que temos, e só percebemos o quanto tudo era bom quando perdemos.
Reclamamos dos nossos pais,achamos chatas as suas cobranças, ou até a sua companhia, massentimos uma saudade imensa quando eles partem e lembramos o quanto deixamos de curtir os momentos em que estavam conosco.
Reclamamos do trabalho, do marido, da esposa, dos filhos,nos achamos sempre frustradosporquetemos “nosso” modelo de felicidade,mas que pode não ser o modeloda felicidadedo outro.
Exigimos atitudes das pessoas que seriamcorretaspara nós, mas não para elas. Deixamos de cuidar da saúde, e lamentamos quando a perdemos, reclamamos do trabalho, mas lamentamos quando ficamos sem ele.
Brigamos com nossos filhos, mas sentimos saudades do tempo em que eram pequenos e nos alugavam período integral.
É minha gente, o tempo passa rápido demais e cada dia é o momento certo, aqueleque temos que passar e curtir, por pior que possa parecer, pois é desses momentos que vamos nos lembrarquando o tempo passar, e então, é que vamos reconhecer onde estava aquela “tão sonhada felicidade” e que ela estava nas coisas mais simples, e tão perto…
Anah Maria
Consultório Anah Maria Liborio: (11) 2605-1853
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