23 abr A influência dos nomes
Desde os tempos mais remotos os nomes são uma maneira de identificar alguém dentro de uma comunidade ou num grupo.
Os antigos acreditavam que um nome carregava fluídos mágicos. Em algumas culturas a criança não era batizada em dias considerados nefastos porque acreditavam que isso iria comprometer o seu destino. A escolha do nome para eles era tão sério, que eles não só se preocupavam com o significado, mas combinavam dias e horas do nascimento.
Nas sociedades indígenas a escolha do nome faz parte de uma cerimônia especial. Hoje a nossa sociedade já se preocupa com a energia e o simbolismo do nome que vai ser dado ao bebê, fazendo a numerologia do nome combinado com o dia do nascimento.
É interessante que tem muitas pessoas que gostam de vários nomes, mas que preferem escolher definitivamente quando olham para carinha e aí falam tem cara de Mateus ou tem cara de Gustavo.
Um nome pode trazer boas ou más energias principalmente quando carrega o peso o sobrenome de uma das famílias. Aliás, ainda tem muita gente da nossa sociedade que prefere saber o sobrenome, a que família pertence.
Uma coisa errada e até absurda é colocar o nome de uma pessoa falecida ou um nome ridículo.
Há milhares de anos as comunidades eram muito menores e um nome era suficiente para diferenciar uma pessoa. Com o passar do tempo a população foi aumentando muito e ficava difícil distinguir um do outro. Foi aí que surgiram os sobrenomes das famílias.
Esses nomes eram compostos de diversas formas, ou o nome era ligado ao nome do pai, por exemplo: João filho de José, ou era relacionado ao lugar que ele pertencia: João de Piracicaba; ou ainda era ligado à profissão: João sapateiro.
A origem do uso dos sobrenomes já era utilizado pelos etruscos e pelos romanos, mas só era usado nas classes mais ricas porque os pobres usavam fulano filho de sicrano.
Em 1.564 com o Concilio de Trento ficou imposto o uso do sobrenome para facilitar a cobrança de impostos e também a proibição do casamento entre parentes com o mesmo sangue.
No Brasil no início da colonização só eram aceitos para os batizados nomes de origem bíblica, de santos e fidalgos. Nomes de procedência indígena eram obrigados a mudar.
Um nome não tem apenas a função de individualizar, mas também de trazer boas energias e até encaminhar o seu destino. Muitos povos consideram o nome o início da sorte na vida.
Por isso nome é uma coisa sagrada e eles levam dias para escolherem os nomes dos seus filhos.
Os astecas davam muita importância e se a criança nascesse num dia negativo era melhor nem batizar e nem nomear. Um astrólogo escolhia o dia, a hora e o Deus que daria o nome ao bebê porque cada dia do calendário era regido por um Deus.
Para os celtas um nome deveria estar ligado a função que a pessoa desempenharia na comunidade.
Para os egípcios os nomes representavam um reflexo da alma. Para os romanos chamar uma criança pelo significado do nome daria a essa criança poder. Por ex.: de Fortis faria um indivíduo forte mais tarde.
Tinha uma comunidade indígena que o costume era trocar os nomes dos pais quando o bebê nascia. Ninguém poderia mais chamá-los pelos seus nomes antigos.
No Islã é comum usar os nomes do pai ou do avô. Na China os sobrenomes são usados na frente do nome.
No Japão os estudiosos da numerologia nunca colocam um valor numérico maior nas consoantes do nome do que nas vogais.
Seria muito interessante que, assim como em algumas comunidades, os nomes fossem escolhidos pelo seu significado.
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